Parte dos produtores estão insatisfeitos com a política agrícola do mercado europeu
Direto da França para a Revista Plasticultura.
Na abertura do salão de agricultura internacional de Paris desse ano o presidente da França, Emmanuel Macron, estava presente. Ouviu aplausos e também vaias.
A reclamação na França por parte dos produtores é de que os custos estão maiores do que os preços recebidos, e que as exigências e a legislação da França os obriga a serem muito mais rigorosos do que seus concorrentes.
O presidente Macron atendeu os produtores franceses definindo uma política de preços mínimos que ficaria acima de seus custos. O Brasil e Mercosul são alvos perfeitos para essas reclamações.
Curiosamente, os produtores franceses criaram um portal sobre suas demandas principais, chamado de Agriculture Et Liberte (http://agricultureetliberte.fr/). No site há temas como a proibição de produtos com uso do glifosato, revisão do PAC – Política Agrícola Comum, com mais barreiras contra os produtos latino americanos, e uma fortíssima valorização de meios orgânicos e biodinâmicos de produção, afastando a tecnologia intensiva.
Ocorre na verdade um grande drama para agricultores europeus e franceses, com certeza os mais expressivos de toda comunidade europeia. Imensas dificuldades para competir em escala, com os avanços da ciência e o preparo para a utilização da mesma.
Um dos cartazes fixados do lado de fora do salão de agricultura de Paris está escrito: “Em 1950 éramos 4 milhões de agricultores na França, hoje somos 400 mil… quantos seremos amanhã?”
Parte dos produtores ainda acredita que sair da comunidade europeia seria o caminho para assegurar um bom futuro.
O problema não são os concorrentes dos produtores franceses e sim a implacabilidade do futuro. Ele já chegou… uma batalha de comunicação.