Quando entrar setembro, o agronegócio pede sensatez e pacificação

Como canta Beto Guedes, em Sol da Primavera, “quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos. Quero ver brotar o perdão…”

"Quando entrar setembro...", Beto Guedes.

Entidades agroindustriais pedem sensatez e pacificação do país. A Abag, Abiove, Abisolo (Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia de Nutrição Vegetal), Abrapalma, Croplife, Sindiveg (Sindicato da Indústria para Defesa Vegetal) e IBA, soltaram um manifesto onde em síntese expõem: preocupação com os atuais desafios à harmonia político-institucional.

Ressaltam que, em nome desses setores, cumprem o dever de se juntar a muitas outras vozes que se mostrem a altura do Brasil e de sua história, prestes a celebrar o bicentenário da independência.

Enfatizam que a constituição de 1988 definiu o estado democrático de direito. E justificam afirmando: “somos uma das maiores economias do mundo e não podemos nos apresentar ao planeta sob permanentes tensões em crises intermináveis. O Brasil é muito maior e melhor do que a imagem que temos projetado”.

Marcello Brito, presidente da Abag, foi entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura, e teve o cuidado de dizer que o manifesto é das entidades que o assinam e que não fala em nome de todo agronegócio, até por que isso é impossível.

São cerca de 6 milhões de propriedades agrícolas, milhares de cooperativas, outros milhares de industriais, comerciantes e prestadores de serviços, como consultores, academias, bancos, que desenvolvem tecnologias para o campo, e depois da porteira das fazendas são milhões de grandes e pequenas agroindústrias, caminhoneiros transportadores, comerciantes de alimentos, bebidas, moda, tradings, bares, lanchonetes, restaurantes, até o motoboy que faz delivery dos supermercados, pizzas e padarias.

Portanto, falar em nome do agronegócio é impossível, pois forma um complexo com milhões de agentes. E na sua entrevista, Marcello Brito, presidente da Abag, pediu nada mais do que pacificação, diálogo, e deixou claro que 1% de ilegais sacrificam 99% de toda produção legal brasileira. Portanto, nos bastaria aplicar a lei.

Fez uma ótima pergunta a todos, a qual repito aqui: a quem interessa uma Amazônia vilipendiada, com gângsters, criminosos ilegais, de longa data? Quem ganha com isso? O país? O agronegócio? O povo brasileiro?

Ninguém ganha com a situação atual e muito menos com a polarização nas guerras de narrativas. Pacificação, pacificar o país, amor ao Brasil, está sendo a voz que passou a ecoar mais alto em toda nação brasileira, doravante.

Um sofrimento fratricida de brasileiros contra irmãos brasileiros a quem interessa? Ao agronegócio e a prosperidade do país com certeza não interessa. Muito menos a todos nós.

Ouvir o Sol de Primavera nos arrefece o espírito. “Já sonhamos juntos, semeando as canções no vento. Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar”.

Chegou setembro. A marcha pela paz.

José Luiz Tejon

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