O conhecimento do solo brasileiro abriu o futuro brasiliense

O ex ministro Carlos Cirne Lima, de 1969 a 1973 foi o responsável pela criação da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), e ele me dizia que naquela época o Brasil exportava apenas 3 bilhões de dólares – sendo a metade em café.

Hoje estamos com cerca de 90 bilhões de dólares, exportamos várias pautas como soja, milho, carnes , citros, fumo, celulose, açúcar , e claro na liderança está o café.

Esse marco que mudou o Brasil agro devemos à pesquisa, ao conhecimento. Devemos isso a diversos pesquisadores estrangeiros que vieram ao país, e também a uma decisão simplesmente épica do ministro Cirne Lima. Ele conseguiu na época da Embrapa, a aprovação, com o então presidente general Emílio Garrastazu Medici, do envio de 1000 técnicos brasileiros para estudar fora do país.

Foi questionado pelo então presidente Medici, “Por que mil? Por que tantos?”, E Cirne Lima disse, “Simples presidente, dos mil, 300 ou 400 não voltam, ficam, mudam de vida, e se voltam, não seguem na profissão”. Outros 300 ficam mais ou menos, aí tem mais uns 300 bons, dentre os 300 melhores aparecem 30 primos e no meio dos 30 ótimos apareceram os 3 gênios. Se tivermos esses 3 especiais, gênios, eles pagam a conta de todos os mil. E  assim ocorreu.

Aprendemos a plantar em terras fracas e o conhecimento do solo brasileiro abriu o futuro brasileiro.

Churchill, na Inglaterra, se referindo a Força Aérea Inglesa, disse nunca tantos deveram tanto à tão poucos, e no agronegócio eu diria o mesmo, nunca tantos deveram tanto à tão poucos, como os ex ministros Cirne Lima e seus seguidores, como Alysson Paolinelli.

300,300,300, ficam 30 e dentre esses… 3 geniais. Grande aprendizado, grande lição. Guerreiros não nascem prontos. Espero todos vocês nesta terça feira,  6 de junho, na Livraria Saraiva do shopping Morumbi às 19 horas para o lançamento do meu novo livro.

Até lá!

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