Existe um drama e um trauma no Mato Grosso do Sul hoje chamado de insegurança jurídica. Confrontos entre índios e produtores,com consequências de mortes e feridos de lado a lado, e prisões de produtores rurais dominam a cena, com mais promessas de manifestações e criação de facções por partedos revoltados, de ambos os lados.

Como sabemos, os efeitos dos desastres e dos acidentes são imprevisíveis, mas as causas perfeitamente previsíveis.
Ou seja, todos os conflitos e confrontos, com consequências de traumas físicos entre índios e produtores ocorreram a partir de invasões. Então, das duas, uma: ou a lei e a justiça não conseguem atuar e agir no Mato Grosso do Sul, definindo e impondo o que seria da constituição e da lei, deixando claro direitos de índios e de produtores, ou as invasões ilegais deveriam ser previstas, seus líderes intelectuais identificados e presos, e forças de segurança orientadas para coibir um ato ilegal com consequências desastrosas.

Quem ganha com isso? Os de sempre, a galera dos egos estúpidos de ambos os lados.

Falta lei e justiça em velocidade na questão indígena, e na ausência da mesma sobressaem manipuladores da questão com invasões ilegais e que estimulam do outro lado o ódio dos invadidos, com uso de força própria também ilegal.

Vence a ilegalidade e sofre quem atua dentro da busca da lei e da ordem. Uma sugestão? Que os agentes responsáveis se reúnam e tratem do problema, independente e paralelamente ao Ministério Público, Funai, líderes indígenas, representantes do Legislativo do Estado, do Executivo, OAB, entidades da sociedade e a Federação da Agropecuária do Mato Grosso do Sul, e claro, órgãos da imprensa podem e devem com sensatez estudar o assunto e saírem com uma posição única sobre tudo isso.

No Brasil também ficou fácil todo mundo esperar pelo Ministério Público. Está na hora da sociedade civil se organizar e resolver suas questões. Quanto mais se espera pelos órgãos da justiça em relação à insegurança jurídica no Mato Grosso do Sul, mais assistimos o vácuo de lideranças da sociedade civil organizada, questão de terras, de lei, justiça e lideranças novas no Brasil.