Ceará larga na frente em pesquisa de cultivo protegido

Holanda dará tecnologia ao Centro de Culturas Protegidas do Cariri

A Secretaria Executiva do Agronegócio da Sedet diz que o Centro produzirá não só agricultura sob estufas, mas também aquicultura para dinamizar o cultivo de tilápia e camarão. A ideia é irradiar tecnologia para os produtores cearenses

Com o apoio das lideranças cearenses do setor, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), por meio de sua Secretaria Executiva do Agronegócio, quer implementar, em curto prazo, em toda a região do Cariri, um projeto inovador: o de culturas protegidas, nobres, de alto valor agregado, que ocupam pouco espaço, consomem pouca água e produzem muito para o consumo interno e para a exportação.
 
O primeiro passo neste sentido será a instalação de um Centro de Cultivo em Ambiente Protegido (sob estufas), para o que a Sedet terá, principalmente, o apoio da Holanda – modelo mundial dessa novidade.
 
Israel e Espanha também aportarão sua expertise ao projeto cearense, que, no cálculo do secretário Maia Júnior, estará instalado e em operação ao longo de 2021.
 
“Nossa intenção é produzir ali não só agricultura, mas também aquicultura (criação de tilápia e camarão) por meio da mais moderna tecnologia, que será transferida para o universo de produtores do Estado”, como detalha o secretário Executivo do Agronegócio da Sedet, engenheiro agrônomo Sílvio Carlos Ribeiro, um especialista em irrigação.
 
O Centro, que se localizará nas instalações e no terreno da estatal Usina de Cana de Açúcar de Barbalha, terá  uma área para a produção de algumas culturas como morango, tomate e pimentão, por exemplo, oferecerá cursos técnicos para os produtores, e contará com um showroom que mostrará produtos (estufas) e serviços (fertirrigação, iluminação controlada, processamento, embalagens) de empresas nacionais e estrangeiras, “tudo isso com o objetivo de gerar riqueza para todos os agricultores e aquicultores do Ceará”. 
 
Sílvio Carlos Ribeiro antecipa: o Centro de Cultivo em Ambiente Protegido terá intercâmbio científico e tecnológico com a universidade holandesa de Wageningen, que já exporta essa tecnologia para o mundo todo.

Ele revela:
 
“O Ceará tem um bom e positivo exemplo da correta aplicação da tecnologia do cultivo protegido: em São Benedito, na Ibiapaba, a Itaueira Agropecuária,da família Prado, produz sob estufas e comercializa para todo o País pimentões coloridos, consumindo pouquíssima água, dispensando agroquímicos e obtendo altíssima produtividade”.
 
Sílvio Carlos Ribeiro revela que a carcinicultura cearense, produzindo em ambiente protegido, também dará um salto de qualidade, reduzindo ao mínimo a possibilidade de ataque da temível doença “mancha branca”.

Fonte: O Diário do Nordeste. Egídio Serpa, 20/11/2020

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