O contato de empresários rurais, principalmente de Holambra, com empresas do setor hortofrutícola holandes sempre existiu. O intercâmbio de pessoas, informações e o comércio de bulbos e outros materiais vegetativos para o comércio de flores e hortaliças também vem de longa data. Agora o momento é de venda de produtos e serviços para o segmento de cultivo protegido. Empresas especializadas em estufas, irrigação, automação, logística e uso de energia solar estão trabalhando em projetos ou preparando representações comerciais para fincar os pés definitivamente no Brasil.
Recentemente a empresa Dool International realizou o trabalho de elevação de uma estufa de cultivo de Phaleanopsis da brasileira Terra Viva. Segundo comentários que circularam em Holambra, nenhum fabricante brasileiro de estufas se interessou pelo projeto, que aumentou em 1,80 m o pé direito das estufas de cultivo de orquídeas, Passaram assim de uma altura de 3,5m para 5,3m de altura, aumentando o volume e permitindo um melhor controle do ambiente interno.
Durante o processo de elevação o cultivo de orquídeas continuou normalmente. Foto: Hortidaily
Vista interna da estufa da empresa Terra Viva em Holambra. Foto: Hortidaily
Vista externa da estufa que foi elevada. Detalhe dos pilares serrados durante o processo de elevação. Foto: Hortidaily
Visando estabelecer novos mercados as empresas estão trabalhando de forma individual ou em conjunto. A KasTec é um consórcio de seis empresas que se propõem a desenvolver projetos de forma integrada oferecendo soluções de alta tecnologia para cultivo protegido no Brasil.Com uma estratégia diferenciada, o consórcio, além da representação comercial, busca parcerias no país para estabelecer um centro online casino de treinamento e capacitação de recursos humanos que possam trabalhar com equipamentos e produtos especializados.
Outras empresas como a WPS e a Earfgoed já estão vendendo equipamentos e desenvolvendo projetos em Holambra. A Ecoflora, empresa produtora de orquídeas está trabalhando com um sistema de estaqueamento, visando a redução de mão de obra. Já a Joost Kalanchoes instalou esteiras e equipamentos de logística interna para a manipulação de dois tamanhos diferentes de vasos. Ambas são clientes da WPS.
A última novidade em tecnologia de irrigação são os pisos de cultivo. Projetados e executados pela empresa Erfgoed, os pisos de cultivo trabalham no sistema de inundação permitindo uma irrigação controlada de vasos ou contentores de cultivo de plantas ornamentais, flores e mudas para arborização entre outras. Uma das vantagens do sistema é que ele permite a circulação de pessoas e máquinas na superfície de cultivo sem afetar o funcionamento do mesmo. Para execução dos projetos a empresa importou da Holanda um trator e equipamentos de terraplanagem controlados por sistema de topografia wireless. Com isso a precisão das instalações e principalmente a eficiência da drenagem do sistema são garantidos. No Brasil já está em uso nos cultivos de antúrio e lírios e em breve uma nova área para produção de kalanchoe entrará em operação.
A Revista Plasticultura em suas próximas edições mostrará em detalhe alguns desses projetos.
Eng. Agrônomo Antonio Bliska Jr
Feagri-Unicamp
Revista Plasticultura