Até quando o agronegócio vai segurar o resto do Brasil?

O que estamos colhendo agora no agronegócio é resultado de decisões tomadas há 3 ou 4 anos atrás. Os produtores investiram em tecnologia, e mesmo com o descaso do governo para as necessárias ações de infraestrutura no pós porteira das fazendas, o PIB da agricultura cresceu 1,8 % positivos contra o PIB total do Brasil, que caiu 3,8%.

O Brasil importava de tudo, a produção total do país em 1960 era de apenas 17 milhões de toneladas de grãos, agora ultrapassa os 210 milhões. A produtividade subiu de 783 kg por hectare para mais de 3.660 kg por há. E do total que o Brasil exportou em 2015, US $ 191 bilhões de dólares, US$ 88,2 bi vieram do agronegócio, onde a soja virou o item campeão de exportações do Brasil, e da mesma forma a competência nas carnes, celulose e alguns setores de frutas, o que nos permitiu respirar acima da linha d’água, economicamente falando.

Mas, entramos na era de cair na real. Foi o São Dólar que salvou o grande negócio da exportação do país. Plantamos em 2014 com câmbio a R$ 2,70 e colhemos a R$3,20. Em 2015 plantamos a R$ 3,60 e colhemos a R$ 4,00 para quem fechou o dólar nesse paagronegocio2-470x324tamar.

Porém, o outro lado da montanha russa já chegou. A Confederação Nacional da Agricultura aponta para uma dívida do setor na ordem de R$ 200 bilhões, e vamos assistir inadimplência e também recuperação judicial no setor.

Está na hora de cair na real e encarar que sem um governo que inspire confiança, o agronegócio não vai repetir os mesmos feitos olímpicos que nos trouxe até aqui.

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