Agrishow – a maior feira do agronegócio

Agrishow, uma das três maiores feiras do mundo, foi o evento mais badalado no ramo do agronegócio

Aconteceu na semana passada, de 30 de abril até 04 de maio, em Ribeirão Preto/SP.

 

 

Em 2018 a feira bateu recorde, movimentou R$ 2,7 bilhões; e para o ano que vem deve incorporar mais 140 mil m², o que se ocorrer passará a ser a maior do planeta.

Foi um show de alta tecnologia na área na agropecuária. As máquinas se pareciam cada vez mais robôs de inteligência artificial e aumentada do que somente máquinas. Muitas startups estavam presentes na Agrishow apoiadas pelo SEBRAE e SENAR, entre outros órgãos.

O evento deste ano foi presidido por Francisco Matturro, vice-presidente da ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio, que foi a idealizadora da Agrishow, que esse ano completa 25 anos.

 

Evaristo Miranda, diretor da área de monitoramento por satélite da Embrapa, mostrou que o Brasil teria um total de 3 trilhões e meio de reais se valorizassem os ativos imobilizados em áreas protegidas e preservadas. Se incorporassem esse valor no volume do agronegócio do Brasil, de cerca de 1 trilhão e meio de reais, o PIB do agro passaria a ser 75% do PIB brasileiro.

Se aumentassem o valor desse ativo em áreas preservadas a maior do mundo, o Brasil seria da 6° economia do planeta (hoje é a 9° economia).

Ou seja, existem muitos números na economia que não são contados mas que contam, e ao contabilizarmos esses números intangíveis, vamos nos apropriando de novos valores, visões e fundamentos humanos, da gestão do país, das nossas vidas e do planeta.

 

Uma das ideias muito importantes para dominarem os fatores incontroláveis da produção agropecuária foram debatidas e apresentação na Arena do Conhecimento da Agrometeorologia de Precisão, no stand da Climatempo.

O Brasil pode vir a ter a mesma cobertura de precisão meteorológica dos Estados Unidos se os produtores rurais que tiverem suas estações meteorológicas próprias e endereçarem seus sinais para um satélite que consiga cobrir o país.

Nos Estados Unidos são cobertos na sua área agrícola cerca de 25 mil estações meteorológicas. No Brasil são apenas 500 estações do governo. Temos o mesmo número de estações compradas por produtores e cooperativas do agro brasileiro.

Se compartilharmos essas estações no satélite passaremos a ter um nível sensacional de precisão meteorológica, fazenda a fazenda, no país.

Com o satélite temos uma cobertura de sinais independentes dos demais sinais da telecomunicação brasileira, que da mesma forma, perde extraordinariamente para a cobertura dos Estados Unidos.

Sem precisar de governo, o agronegócio pode ter uma cobertura excelente e com a mesma dimensão norte americana, compartilhando e direcionando para um satélite (já disponível) as informações climáticas de cada local específico de cada fazenda brasileira.

Um avanço de viabilidade do uso da moderna tecnologia, plena de sensores e de novos contadores que contam o que antes já existia mas não podia ser contado.

Mas, como Einstein escreveu: “Existem números que contam, mas não podem ser contados, e outros que são contados, mas não contam.”, hoje no agro de precisão passamos a contar números que antes não contávamos mas que contam muito na gestão do novo e da nova produtora e produtor do Brasil.

Posted by Tejon in : Tejon,